segunda-feira, 11 de julho de 2011

Jantar Junho 2011




Novo mês, novo jantar do 4 HM. Um jantar cheio de emoções fortes, diversificadas e até contraditórias.
O período de organização decorreu sob um estado de espírito de enorme satisfação, com a perspectiva de termos 2 convidados marcantes, apenas ensombrado por algumas ausências de membros do clube, que, assim, iriam perder um dos momentos mais altos desde a criação do mesmo. E assim foi até dia 29.
Dia 30 começa com a informação da ausência forçada, por motivos profissionais, de um dos convidados (Eng. Anselmo Mendes), citando alguém: “o chamado murro no estômago”. Ao longo do dia acontecem mais algumas desistências e chegámos ao Fusão Restaurante Lounge com o panorama num nível médio, mas, ainda assim, com expectativas de um evento melhor do que o habitual. Mas as coisas não ficariam assim, em cima da hora temos a desistência do 2º convidado e de mais 2 membros – o jantar seria com 8 participantes. Aqui a frustração teve o seu momento, mas foi breve. Provou-se o espumante e logo nos concentrámos nos aspectos positivos: o Eng. Anselmo Mendes teve a delicadeza de nos fazer chegar os vinhos que pretendia trazer e a qualidade das provas estava garantida; por outro lado, o número mais reduzido de participantes iria permitir uma degustação mais pausada, logo, com maior usufruto dos néctares.
A partir daqui é fácil: os vinhos fizeram a noite. Um espumante de nível elevado, os brancos entre a surpresa de um vinho abaixo de €2,00 e um alvarinho de topo, a melhor noite de tintos da história do clube (um deles de excelência) e grandes vinhos de sobremesa. Muito bom. Uma palavra de agradecimento ao Eng. Anselmo Mendes que contribuiu com 50% dos vinhos que constituíram a melhor noite de tintos.
Depois da história revelada, que até acabou bem - embora se esperasse o óptimo – cá ficam as impressões sobre os vinhos (prova cega):

Espumante:

Encontro – Cor citrina, aroma frutado, flora e mineral, boa mousse, fresco e equilibrado. Final médio, mesmo perfil do nariz, num espumante muito bom.

Brancos:

Uvas Douradas – Cor esverdeada, nariz vegetal, floral e balsâmico. Na boca é suave, fresco e equilibrado. Termina médio, para um vinho agradável. Destacou-se pela relação qualidade/preço;
Muros de Melgaço – Cor amarela, com notas vegetais, florais, frutadas e de madeira no nariz. Com belo corpo crocante e equilibrado, destaca-se ainda pela sua belíssima acidez vibrante. Final longo, com uma opinião global de muito, muito bom.

Tintos:

Beaujolais Noveau – Cor rubi de intensidade média, aromas de frutos vermelhos bem docinhos (em rebuçado). Suave na boca, com taninos bem finos e redondos, apresenta um perfil fresco e equilibrado. O final é um pouco curto, mas a apreciação global é de uma bebida agradável;
Quinta do Perdigão – Cor rubi bem intenso, aroma complexo, com frutos vermelhos, floral, madeira e balsâmico. Taninos ainda pujantes, num vinho encorpado e com boa acidez, embora um pouco alcoólico. O final é longo, segue o perfil do nariz, numa apreciação global de muito bom.
Vinha dos Deuses – Cor violácea, nariz complexo com frutos vermelhos, floral e notas de madeira bem casada. Vinho encorpado, equilibrado e fresco, com taninos ainda com ligeira adstringência (sem comprometer a suavidade). Termina longo, muito bom.
Quinta dos Frades – Cor rubi com nuances violáceas, nariz complexo e personalizado com um aroma brilhante de frutos vermelhos, acompanhados de notas de madeira, flores e balsâmicos. Encorpado, equilibrado, fresco e estruturado, tem uns belos taninos. A boca acompanha o nariz com uma elegância superior, até ao final longo de um vinho de excelência.

Sobremesa:
Chateau Fontebride – Cor dourada, nariz floral, mineral e notas de estágio em barrica. Na boca mostra o seu corpo untuoso, acompanhado de uma bela acidez, num conjunto equilibrado. Termina muito bem, numa apreciação global excelente.
Campbell’s Classic Tokay – Caracterizar este vinho é um desafio à imaginação. Cor escurecida, próxima de caramelo, o nariz único e complexo era uma fonte de aromas à volta de marmelada, geleias, compotas e por aí adiante. Seguia-se um verdadeiro néctar na boca, com um corpo untuoso, redondo, boa acidez, um equilíbrio notável, a culminar num grande final. Enfim, um vinho sublime, impressionante, de classe mundial.
Quinta da Revolta – Cor grená bem intensa, nariz frutado, com notas balsâmicas e de madeira, na boca apresenta-se encorpado, fresco e com taninos redondos, num todo equilibrado. Termina longo, cheio de fruta, é um Vinho do Porto excelente.


Nome Vinho
Ano
Tipo
Castas
Região
Produtor
Preço Prateleira
Nota
Encontro2006Espumante BrutoBical, Arinto, Maria GomesBairrada DOCQuinta do Encontro7,00 €16,5
Uvas Douradas2010BrancoBical, Maria GomesBairrada DOCAgeda Coop. Cantanhede1,59 €15
Muros de Melgaço2010BrancoAlvarinhoVinhos Verdes DOCAnselmo Mendes Vinhos, Lda15,50 €17
Beaujolais Noveau2010TintoGamayBeaujolais ABCBrochard Pére & fils9,00 €15
Quinta Perdigão Reserva2005TintoTouriga Nacional, Tinta Roriz, Jaen, AlfrocheiroDão DOCJosé Joaquim Silva Perdigão17,00 €16,5
Vinha dos Deuses2008TintoVinhas velhasDouro DOCFracastel Comércio Vinhos14,00 €16,5
Quinta dos Frades Grande Reserva2008TintoVinhas velhasDouro DOCFracastel Comércio Vinhos25,00 €18,5
Chateau Fontebride2005SauterneSemillonSauternes ASCChateau Fontebride23,00 €17,5
Campbells Classic Tokay Generoso Rutherglen - AustráliaCampbell Wine 18,5
Quinta Revolta2009Porto Vintage Douro DOCVeredas do Douro, soc. Agrícola35,00 €18

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